Redes de Franquias

As redes de franquias e as classes de renda emergentes

09/06/2014 11:15

Publicado originalmente na coluna Franquias da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) em 27/08/2010.

 

Não é novidade o destaque que o Brasil tem ganhado no cenário internacional, posicionando-se como a 8ª economia mundial, a frente de países de vanguarda como a Espanha e Canadá. E o mais importante, a perspectiva de crescimento projetado pela consultoria americana Goldman Sachs. De acordo com estas projeções, nos próximos 20 anos o Brasil se consolidará como a 5ª economia mundial, neste caso, ultrapassando a Alemanha, Reino Unido e França.

 

E como isto pode impactar no mercado de franquias no Brasil? Ora, o setor tem apresentado altas taxas de crescimento no número de pontos de venda em aproximadamente 11% de 2008 para 2009. Como também o aumento de empresas que passam a utilizar o franchising como estratégia de expansão de seus negócios, constituindo assim novas redes de franquias. Para se ter uma idéia de 2008 a 2009, houve um incremento de 19% na constituição de novas redes de franquias.

 

Os dados acima demonstram o vigor da força do franchising no Brasil, o que o torna um dos principais países em número de franquias. Há rankings internacionais que situam o Brasil como 3º maior mercado de franquias do mundo, superado apenas pelos EUA e Canadá. Os EUA em grande parte por ser o precursor deste modelo de negócios, e o Canadá por ser o principal destino de redes americanas, sendo visto como um mercado de fácil expansão internacional para as redes de franquias americanas.

 

As opções de investimento em franquias são diversas tanto em segmentos de mercado (tinturarias, perfumaria, locadora de carros, roupas, calçados etc) como em segmentos de renda. A boa situação econômica vivenciada pelo Brasil nos últimos anos é em grande parte creditada à ascensão de uma nova classe média. Famílias com rendas entre R$ 3.000 a R$ 7.500 (classe C) e R$ 1.000 a R$ 3.000 (classe D) que passaram a consumir mais intensamente dadas a facilidade de crédito e aumento de suas rendas.

 

As redes de franquias já notaram este novo consumidor potencial e estão modelando os seus produtos e serviços para este público. Vejamos o caso da Kopenhagen, tradicional rede de chocolates finos, que recentemente lançou a rede de franquias direcionada à classe C e D, a Brasil Cacau.

 

Este movimento de redes de franquias com produtos voltados para a classe C e D tem ganhado destaque tanto no Brasil como internacionalmente, sobretudo entre países emergentes, como é o caso da Índia. Recentemente em uma matéria publicada no jornal Diário de São Paulo, a jornalista Patrícia Basílio, menciona o crescimento de franquias de beleza para a base da pirâmide. Mostrando que tanto o valor do investimento para a abertura destas franquias como os produtos nelas comercializados tem sido readequado para que sejam viáveis estes empreendimentos, necessitando com isto de menores investimentos. O que gera maiores condições para aqueles que desejam ter uma franquia ou mesmo adquirir outra franquia direcionada a públicos de classes C e D, diversificando o seu portfólio de investimentos. 

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Pedro Lucas de Resende Melo São Paulo/SP - Brasil