Redes de Franquias

Franquias, questionamentos freqüentes

09/06/2014 11:51

Publicado originalmente na coluna Franquias da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) em 15/04/2012.

 

Aproveito este post para comentar alguns questionamentos que tive durante este último mês que se sucedeu ao lançamento do livro “Franquias Brasileiras: Empreendedorismo, Estratégia, Inovação e Internacionalização”, no qual sou um dos organizadores e autor.

 

Foram muitas perguntas, sobretudo de jornalistas que irão lançar ao longo deste mês algumas matérias envolvendo esta temática. Entretanto, devo escolher algumas destas questões para discussão nesta coluna, por notar o seu grau de importância aos envolvidos no segmento de franchising.

 

O questionamento mais corriqueiro, é sobre qual franquia escolher. Citar nomes sobre quais franquias escolher é sobretudo muito arriscado, pois depende de uma conjunção de fatores como a análise do perfil tanto do franqueado como do franqueador, a escolha de pontos de vendas atrelado a cidades do interior e regiões metropolitanas, o montante que este interessado possui para investimento, a sua disponibilidade de tempo para acompanhamento do negócio, além de vários outros aspectos a se analisar minuciosamente.

 

Em síntese, descartamos o pensamento simplista de escolha de franquias somente pela maior rentabilidade mencionada pelo franqueador. As franquias devem ser sempre abordadas como negócios complexos, mesmo diante do suporte que se tem com o franqueador. Por se tratar de uma aliança, o peso do relacionamento entre as partes é de relevância para o êxito destes negócios.

 

Outro questionamento comum, é sobre até onde iremos crescer no segmento de franquias. É uma pergunta complexa, pois demanda também de aspectos econômicos do país e o do mundo. A tendência que se tem, é que o Brasil, realmente se fortaleça e se torne a cada ano uma das principais economias do mundo. Fato este confirmado nos relatórios internacionais da agência de investimento Goldman Sachs através dos relatórios sobre os BRICS.

 

Por sua vez, outro o aspecto a se ter cautela envolve o rápido aumento de redes de franquias aderindo ao sistema de franchising. De acordo com a ABF – Associação Brasileira de Franchising em 2011, mais de 185 redes foram consituídas. De um lado isso soa como uma reafirmação do segmento de franquias no Brasil, por outro, inúmeros questionamentos podem ser feitos sobre a estrutura destes negócios e a sua preparação de fato para operar como franquias.

 

O atendimento a classe C continua sendo um grande triunfo para as redes de franquia sobretudo as tradicionais, que desejam se adequar para este público. O simples lançamento de produtos com preços mais competitivos nem sempre é uma boa alternativa, pois pode afugentar clientes antigos destas redes, que estavam acostumando com um modelo de valor já estabelecido.

 

Enfim, cabe endossar a necessidade continua de preparação dos profissionais envolvidos neste segmento para que possam aumentar o seu poder de análise face a tantas informações que surgem a cada dia sobre as franquias. A simples replicação de discursos bem pronunciados nem sempre é o melhor mapa para o sucesso.

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Pedro Lucas de Resende Melo São Paulo/SP - Brasil