Microfranquias, a solução para o Brasil?

Publicado originalmente na coluna Franquias da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) em 04/05/2011.

Muito se tem discutido na mídia sobre franquias de menor estrutura, e que requerem investimentos de até R$ 50.000, o que chama a atenção de muitos empreendedores na busca de um negócio mais estruturado. Pelos dados da ABF, há atualmente cerca de 2.500 unidades franqueadas denominadas microfranquias.

Internacionalmente, a Índia vem colhendo bons resultados com as microfranquias, dada a estrutura do país, com uma população de menor poder aquisitivo e com uma imensa massa consumidora. A experiência indiana pode servir de exemplo em certos pontos para as microfranquias no Brasil.

Assim como a Índia, o Brasil possui muitos negócios informais, e que consequentemente sofrem com alta taxa de mortalidade, devido ao desconhecimento pelos empreendedores de técnicas de gerenciamento.

Por sua vez, por mais que no Brasil tenhamos altas taxas de atividade empreendedora, dado este reportado inclusive em relatórios internacionais, como o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a atividade empreendedora brasileira é movida por necessidade e não por oportunidade.

Em outras palavras, o brasileiro possui postura ativa para criar negócios, entretanto, há uma dificuldade muito grande em identificar oportunidades não preenchidas no mercado e posteriormente de gerenciar este negócio.

Neste cenário, as microfranquias vendem confiança ao empreendedor, apresentando-se como um negócio baseado no sistema de franchising. Entretanto, os desafios são muitos para estas redes de microfranquias, necessitando ajustar o seu negócio à realidade destes franqueados.

O nível de assistência fornecido pelo franqueador é importante para a retenção destes franqueados, que devem reconhecer a vantagem em estar em um sistema de franquias, caso contrário, será colocado em questão esta viabilidade.